Para ler música, nós precisamos escrever principalmente duas coisas: a altura da nota que queremos (se ela é mais aguda ou mais grave) e sua duração (quando começa e quando termina). Neste artigo focamos nas alturas e, com isso, nas melodias.
A notação musical que conhecemos hoje no Ocidente tem aproximadamente 400 anos. A Igreja Católica já escrevia música desde muito antes, mas os sinais gráficos que utilizamos hoje em dia começaram a surgir por volta do século XVII.
Aqui nós veremos:
Este é o pentagrama. É sobre ele que escrevemos a música. As notas se alternam entre linhas e espaços e cada nota tem seu lugar, seja numa linha ou num espaço. A altura da nota no pentagrama vai nos dizer se a nota é mais aguda ou mais grave.
As claves são usadas para definir a altura absoluta de um som. Como assim? Imagine o teclado de um piano. Ali nós temos 88 teclas e, portanto, 88 notas diferentes. Como a gente poderia escrever tantas notas em um pentagrama que tem apenas cinco linhas e quatro espaços? Como não seria prático um “pentagrama” com muito mais linhas e espaços, foram criadas as claves musicais.
As claves indicam em que região (grave, média ou aguda) aquele som deverá ser tocado. Instrumentos que têm uma predominância de sons agudos utilizam a clave de sol, os de predominância de sons médios utilizam a clave de dó e instrumentos com predominância de sons graves utilizam a clave de fá.
O piano, por ter uma extensão de notas muito grande, geralmente usa as claves de fá e sol:
Vejam que nós poderíamos descer ainda mais na clave de fá e subir ainda mais na clave de sol para escrever todas as notas possíveis do piano. Poucos instrumentos têm a possibilidade de tocar tantas notas assim. À extensão de notas que um instrumento pode tocar nós damos o nome de tessitura.
Na clave de sol, a nota sol é representada na segunda linha inferior do pentagrama. A partir dela, vamos subindo e descendo entre linhas e espaços para descobrir as outras notas. Após um tempo treinando, as posições das notas no pentagrama vão sendo assimiladas a tal ponto que nós não precisaremos mais “contar nos dedos” até descobrir quais notas estão escritas.
A posição da nota passa a ser algo tão natural que o cérebro vai se ocupar com outras coisas, como fraseado, dinâmica, interpretação, etc…
Na clave de fá, a nota fá é representada na segunda linha superior do pentagrama. A lógica da leitura é a mesma em todas as claves. As notas vão alternando entre linhas e espaços, a diferença entre as claves é o ponto de partida.
Ou seja, na clave de fá, por exemplo, nós partimos de uma nota mais grave para que seja mais fácil escrever as notas dentro do pentagrama, caso tenhamos que escrever para um contrabaixo ou um cantor de voz grave, dentre muitos outros instrumentos. Caso contrário, teríamos que usar muitas linhas suplementares abaixo da clave de sol, o que dificultaria a leitura.
Quer treinar um pouco? Tente dizer que nota aparece no vídeo antes que a legenda com a resposta apareça. Você terá 2 segundos para pensar! 😉
Vamos para um exemplo com melodia. Vejam o vídeo à seguir e acompanhem a barra azul que vai tocando as notas. Abaixo de cada uma está a legenda com seu nome – por enquanto usaremos a legenda para facilitar.
Acompanhem o vídeo lendo o nome das notas:
No artigo anterior, nós vimos que os dois elementos essenciais da escrita musical são as…
Os Intervalos Musicais são as distâncias entre duas notas distintas. Nós classificamos os intervalos de…
A Escala Diatônica Maior é uma sequência de sete notas e podemos dizer que é…
Aqui neste blog eu vou postar materiais que uso em minhas aulas e nos corais…